Quando parei de tentar salvar o outro, comecei a me reencontrar

Thais Carvalho revela como, ao se libertar da necessidade de ser a âncora emocional de todos, pôde finalmente se reencontrar. Uma história sobre exaustão, autodescoberta e a coragem de priorizar a própria paz e essência. Descubra como amar sem se sacrificar e permanecer fiel à sua alma.


“Tem momentos da vida em que a dor não vem de uma grande perda, mas do peso silencioso de tentar salvar o outro antes de salvar a nós mesmas.”

Tentar ser a ponte. A pacificadora. A forte.
E quando percebemos, estamos sustentando o mundo dos outros e sem forças para sustentar nosso próprio mundo, esquecendo de cuidar da nossa própria alma.

Foi nesse lugar de exaustão emocional que comecei a olhar com mais honestidade para mim mesma.
E o que eu descobri, mudou tudo.

Durante muito tempo, eu me senti responsável pela harmonia de tudo ao meu redor.
Em casa, era a filha que tentava impedir os pais de brigarem.
Na vida adulta, me tornei aquela que media, conciliava, explicava — até mesmo quando ninguém me pedia.
Como se minha presença fosse a última trave antes do abismo emocional das pessoas.

Essa habilidade me deu empatia, sensibilidade, compaixão.
Mas também me deu cansaço.
Porque no fundo, eu acreditava que, se eu soltasse, tudo desmoronaria.
E me mantive forte, mesmo quando eu mesma precisava de colo.

Foi só quando parei e me perguntei:

Quem sou eu quando não estou tentando salvar ninguém?”

que algo começou a mudar.

Me vi livre.
Cantando, sorrindo, lendo, escrevendo.
Me vi em romance com Deus, comigo e com a vida.
Me lembrei da Thais que ama leveza, que nasceu para expressar sua essência em amor, mas não para sustentar o mundo dos outros.

E para reencontrar essa mulher, precisei encarar uma verdade difícil:

Nem todo mundo que amamos está pronto para crescer conosco!

E, mais doloroso ainda:

Eu também estava alimentando o ciclo, tentando controlar o outro com minha bondade,
com medo de fazer o que um dia fizeram comigo: deixar alguém no momento de fragilidade.

Foi aí que entendi: não é sobre repetir o abandono, é sobre não abandonar a mim mesma.

Hoje, ainda não sei tudo. Ainda estou em construção.
Mas sei que a minha presença não será mais moeda de segurança emocional para ninguém.
Meu amor será oferta, não sacrifício.
Minha permanência será escolha, não sobrevivência.

E se um dia eu precisar partir, não será por orgulho, ingratidão ou falta de amor.

Será porque aprendi que permanecer em algo que apaga minha essência é um tipo lento de abandono de mim mesma. Eu posso amar, esperar, perdoar e orar, mas não posso negociar a minha paz, a minha essência e a verdade do meu ser.

“Se um dia eu precisar partir, será porque escolhi ser fiel à minha alma.”

E você, já se sentiu assim? Como alguém que tenta salvar tudo e todos, mas se vê cada vez mais longe de si mesma?

Esse espaço aqui é nosso. Um lugar de partilhas reais, de cura com fé, e de recomeços com propósito.
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